O Milagre de S. Cristiano

Cristiano Ronaldo providenciou há dias um milagre que não foi devidamente divulgado fora da Região Autónoma da Madeira. Uma britânica com mais de 80 anos perdera-se do grupo em que seguia quando participava num passeio turístico junto à levada do Caminho dos Balcões, no Ribeiro Frio. A tentativa de resgate foi rapidamente lançada, mas não estava a resultar. A noite aproximava-se e o temor de que ela pudesse ser fatal para a turista começava a crescer. O desânimo instalava-se já quando, subitamente, se ouviu de uma ravina uma voz que bradava: «Cristiano Ronaldo! Cristiano Ronaldo! Cristiano Ronaldo!». Era mesmo a senhora que estava perdida, assim reencontrada. Não conhecendo uma única palavra de português, servia-se do nome do jogador de futebol para procurar salvação.

Provavelmente ainda voltaremos a ouvir falar deste caso, quando um dia se tratar da canonização do futebolista madeirense. Sim, que Aurélio Agostinho, o bispo de Hipona, também tivera a reputação de levar uma vida de devassidão e intemperança, com muita espetada em pau de louro e fímbria de manto pelo meio, antes de reconhecer que a sua missão terrena era outra: a de transportar o mais comum dos mortais até à Cidade de Deus. E acabaria canonizado.

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