Fulgor e sombra

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Dois dias e meio no CCB, preenchidos por 115 concertos onde é possível escutar A Harmonia das Nações. Bach, Couperin, Handel, Purcell, Rameau, Scarlatti, Telleman, Vivaldi, Soler, ou Francisco António de Almeida e Carlos Seixas, numa embriaguez permanente de notas e de timbres. Um fulgor barroco – associado, por Luigi Russo, a «crise de valores, tensão so­cio-politica, instabilidade, evasão onírica, mag­nificência, crueldade, sentido do efémero, osten­tação, hipocrisia, voyeurismo, preciosismo, angús­tia, extravagância, gosto do horrível, hipérbole, utopia, artifício, luxúria, thanatos» – em tempos sombrios que se diriam mais de cantochão.

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