Acaba de chegar às livrarias a tradução portuguesa de 1001 Livros para ler antes de morrer, de Peter Boxall. Esta edição, tal como outras que estão a aparecer em diversas línguas, surge corrigida – com alguns cortes e outras tantas adendas em relação à original – mas mantém a mesma intenção de propor «deveres de leitura» que poderão parecer um tanto «de almanaque» mas não deixarão de ter alguma utilidade. Neste caso, com o acréscimo de aqui se referirem as obras pelos títulos (e editoras) das suas edições em língua portuguesa, sempre que estas existam. De uma forma ligeiramente megalómana, declara-se na introdução que a lista apresentada «não procura ser um novo cânon», mas, já mais honestamente, que ela também «não pretende definir ou ser exaustiva acerca do romance» (assim mesmo, num português um tanto nebuloso que transparece aqui e ali). Trata-se, de facto, apenas de um conjunto de possibilidades a explorar. De um plano de hostilidades. Feitas as contas, das 1001 obras concluí haver lido 412. O que significa que me devo aplicar para atacar as outras 589 antes de passar para a banda de além. Ou então que devo manter na estante este volume peso-pesado e continuar a ler sem programa. Pensando bem, creio que será isso mesmo que irei fazer.
Para antes de morrer
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