Na morte de Jean Baudrillard (1929-2007), aquilo que de melhor sobre ele se poderá dizer talvez tenha sido resumido num parágrafo do Libération:
«Baudrillard era a própria curiosidade. Não falhava nada, nenhum livro, nenhum artigo, nenhum gesto, nenhuma paisagem, uma exposição, um filme, uma expressão num rosto, uma postura, um fato, um lenço, um logotipo, uma sombra, um ecrã de televisão, um candeeiro a gás, o asfalto molhado da chuva, uma peça de teatro, um conflito político, uma guerrra. Parecia errar, vagabundear num passo preguiçoso, roçar o olhar por tudo, sempre pronto a sorrir de tudo.»
Chama-se a isto viver, parece.