Nos países sob regimes democráticos, onde se verifica algum respeito pela diferença de opiniões e pela transitoriedade dos valores, o mobiliário monumental tem começado a atenuar a expressividade simbólica que sempre incorpora. Os edifícios construídos são mais funcionais e voltados para um diálogo com as populações envolventes, a agressividade figurativa das estátuas é reduzida, ocorre uma maior preocupação com o reconhecimento social e com o confronto com a paisagem. Isto atenua o carácter demasiado afirmativo e panfletário, acentuadamente polémico, que estas construções assumem noutras circunstâncias. Porém, a suavização da mensagem dilui ao mesmo tempo o impacto do objecto, convocando um mais rápido esquecimento.