Coimbra, duas da tarde. Na FNAC, à entrada da livraria, um par hetero vestindo o negro, vetusto, trajo académico. Ela, estacando num repente: «Olha, aqui são os livros. Foge!». Ele, claramente o cérebro da parceria: «Não deve de haver aqui nenhum que me interesse». Meia volta, volver.
Sei que de forma alguma representam o todo. Ou sequer a maioria. Porém, dados os números conhecidos dos índices de leitura que ocorrem entre os estudantes universitários da cidade, e o sistemático abaixamento dos critérios de exigência nas avaliações, existe uma forte probabilidade de serem dignos representantes da parte acima da média dos mapas bolonheses do aproveitamento escolar. Se disser que é preocupante estarei a ser suave na apreciação.