Apesar de tantos e tão justificados rumores em redor do centenário do poeta, romancista, crítico literário e tradutor Cesare Pavese (1908-1950), chegados durante esta última semana de todas as partes, quase ia passando em claro este pedaço de noite.
Anche noi ci fermiamo a sentire la notte
nell’instante che il vento è piú nudo: le vie
sono fredde di vento, ogni odore è caduto;
le narici si levano verso le luci oscillanto.
Também nós paramos para sentir a noite
no instante em que o vento é mais nu: as ruas
estão frias de vento, todos os odores caíram;
as narinas erguem-se para as luzes que tremem.
Fragmento de «Piaceri Notturni»
(Trad. de Carlos Leite in Trabalhar Cansa, Ed. Cotovia)