Lendo o fascículo de hoje de «As Grandes Operações da Guerra Colonial», saído com mais um volume da colecção Os Anos da Guerra Colonial que o Correio da Manhã está a publicar (e que pode ser adquirido sem o jornal), resolvo um enigma que me acompanha desde os anos de vida de caserna. Qualquer coisa que intrigava um grande número de militares nos anos da guerra e nos primeiros tempos da democracia e os trazia em suspenso: serviria ou não o monóculo de António de Spínola para corrigir a visão do olho direito? A solução é oferecida pelo testemunho de um ex-furriel que em 1962 transportou de Lisboa para Bissau uma pequena caixa de madeira destinada ao então Coronel de Cavalaria, diante da qual foi incapaz de resistir à tentação de espreitar aquilo que ela trazia lá dentro: uma colecção de seis reluzentes monóculos sem qualquer graduação.