Como muitas outras pessoas que politicamente nada têm a ver com eles, tenho vindo a desenvolver alguma admiração pelo trabalho guerrilheiro dos militantes do PND. Aquele grupo de cidadãos um bocado reaças mas corajosos que na Madeira lutam praticamente sozinhos contra o poder arbitrário e troglodita de Jardim, Ramos e respectiva confraria. Que apenas se mantém no poder porque os governos da República condescendem com as tropelias e os contribuintes portugueses, todos eles, pagam a «vasta obra», as facturas e os respectivos juros. Uma vez que está fora de questão um desembarque de pára-quedistas aliados no Paúl da Serra ou na Ponta do Pargo, e uma grande parte da oposição local é visivelmente conivente com a teia clientelar do PSD – ou então demasiado «responsável» e instalada para se envolver em tropelias – restam-nos estas pessoas para falarem a única língua que Jardim realmente entende. A da rua, do berro e do empurrão. Mas assim ouvimo-los.