Devemos ao poeta, escritor e roteirista italiano Tonino Guerra (1920-2012), antigo professor primário e ex-prisioneiro do campo de concentração de Troisdorf, uma parte substancial daquilo que nos mostrou o cinema de Michelangelo Antonioni (A Aventura, A Noite, O Eclipse, Deserto Vermelho, Blowup, Zabriskie Point, Identificação de uma Mulher), Federico Fellini (Amarcord, La Nave Va, Ginger e Fred), Theo Angelopoulos (Paisagem na Neblina, A Eternidade e um Dia, O Passo Suspenso da Cegonha) ou Andrei Tarkovski (Nostalgia). Isto quer dizer que lhe devemos uma parte significativa das nossas vidas, daquilo que somos e principalmente do que acreditamos ser. Eu, pelo menos, devo. Tonino aqui em entrevista a Carlos Vaz Marques.