Não define a ausência
o conhecimento da terra,
a proximidade dos lírios, das
estradas sem destino.
Não conhecem roteiros a
sabedoria do sol e o silvo
dos insectos sem asas e cegos
que procuram água.
Não existe poesia sem
conhecimento, saber sem sal,
na vida diária feita de passos e
de réstias e de perdas.
Não sabem os trilhos dos mapas
perdidos inventados
ou da existência de um norte
frio, férreo, inamovível.
Não produzem os passos linhas
e nós de navegação
para que possamos desenhar
um ótimo plano de fuga.