Escrevia-se há dias em alguns posts do Facebook que as fake news são sempre de direita, assegurando-se como indiscutível que «não existem fake news de esquerda». Quem tenha sentido crítico e de verdade, e visite com atenção e critério certos sites de informação, para além de estar atento também a setores identificáveis das redes sociais, sabe que, infelizmente, isso não é de todo verdadeiro. Alguns, com designações, cores e alguns conteúdos que os associam à esquerda e aos valores de Abril, não olham a meios para afirmar uma dimensão parcial dessa a verdade «a que temos direito» com um foco unilateral.
Desde afirmações caluniosas sobre pessoas que pretendem isolar ou combater, até à inclusão de «informação criteriosa» chegada através de agências de contra-informação russas (a Sputnik, por exemplo) ou da América Latina, que oferecem informação «única» sistematicamente manipulada e parcial (a Síria, a Rússia e a Venezuela estão, aliás, particularmente no centro desta barragem de «invenções verdadeiras», que consideram sempre manipulador o trabalho de milhares de jornalistas espalhados pelo mundo). A luta pela verdade e pela transparência da informação não pode ser feita com um olho aberto e o outro fechado. E toda a mentira é reacionária.