«Pois é» – como diz a irritante bengala da fala usada a torto e a direito por um meu conhecido – cá estamos de novo, neste sábado, em mais uma «pausa para reflexão» a anteceder um importante momento eleitoral. É sempre um dia algo perdido, desnecessário, para mais com a longa e profunda reflexão que, seja qual for o resultado, vamos ter de fazer a partir da noite deste domingo. Da minha parte, julgo que nunca «refleti» tanto em situação pré-eleitoral como o tenho feito nestes três meses. Até porque, pela primeira vez, irei votar, por exclusão de partes e um sentido de utilidade, num partido no qual não confio inteiramente. Mas, como diz aquele conhecido ditado, «em tempo de guerra não se limpam armas». Ou como lembra aqueloutro: «não há atalho, sem trabalho». Vamos lá votar à esquerda e depois conversamos.