Ao usar hoje o meu caderno Sapiens, vendido como «uma réplica fiel» dos livros para notas e esboços utilizados por Rafael, Galileu e Leonardo, reparei em como o tenho desprezado nas últimas semanas. A culpa é do iPhone. Há mais de dez anos que me sirvo apenas de agendas electrónicas, e tinha até comprado há pouco tempo um utilíssimo HTC, mas as novidades do novo iPhone 3GS resolveram quase todos os defeitos da versão anterior e converteram-me. Trespassei a máquina com menos de um ano de uso, comprei o novo aparelhómetro e procurei aplicações das quais precisava, entre elas uma versão de bolso do Office que permite modificar documentos, um editor de imagem, outro para os blogues, um dicionário, uma enciclopédia, um leitor de e-books. A seguir actualizei o livro de endereços para poder usar o correio electrónico, atulhei a máquina de música, e fiquei pronto para andar com um completo computador (telefone, máquina fotográfica, câmara de vídeo e agenda também, naturalmente) no bolso das calças.
Só posso dizer que o acessório é mesmo magnífico, de uma utilidade imensa para quem precisa a qualquer hora, para trabalho ou lazer, de um computador eficaz e de uma ligação rápida à Internet. Desde que não se importe de mudar radicalmente determinados hábitos e de transmitir, a quem observe de fora, a impressão de passar tempos infinitos a escrever SMS. É pena o preço bastante elevado (nos EUA custa menos de metade) e as limitações da bateria (o paralelepípedo faz tanta coisa que precisa ser carregado todos os dias). Apresento a prova final de que falo verdade e de que não sou um mero mercenário da Apple: este post foi integralmente escrito, a fotografia editada, e o conjunto publicado neste blogue, sem outra intervenção que não a do iPhone.