Tenho um problema com Leonard Cohen. Ou, pelo menos, com a imagem de poeta intoxicado, de habitante da penumbra e de beatnick renitente que de Cohen fui construindo entre livros (Let Us Compare Mythologies, logo em 1956), discos soberbos ou um pouco menos, concertos ocasionais e fotografias a preto e branco invariavelmente tiradas em bares e quartos de hotel. O canadiano de negro sempre me fez acreditar que a vida é dura e que só nas mulheres – as que se amam, aquelas que passam ao longe, as que apenas nos sorriem – é possível encontrar algum consolo. O problema consiste em continuar a acreditar nele.
O meu problema com Leonard
Etc..