«Para poder jogá-lo, é necessário ser são de coração e pulmões, ter pernas rijas, pé leve, resistência para uma a duas horas de campo, visão rápida e presença de espírito.
Além de promover o desenvolvimento harmónico do corpo, é o foot-ball uma escola de coragem, de decisão, de consciência da própria responsabilidade, de disciplina, de solidariedade, de sacrifício até, em que a personalidade de cada um se apaga diante do interesse colectivo.
(…) Além das vantagens directas ligadas aos exercícios físicos, provocam eles resultados indirectos do maior alcance, afastando a mocidade da frequência dos cafés, das casas de tavolagem e dos bordéis. É, em regra, nos cafés, respirando um ar viciado, que os rapazes se intoxicam pelo álcool, muitas vezes com uma inconsciência que assombra.»
H. Teixeira Bastos, A Vida do Estudante de Coimbra (antiga e moderna), Coimbra, 1920