Informa o Diário Digital que um padre algarvio anunciou este domingo, na Igreja da Praia da Luz, «a realização de uma oração nacional pela menina britânica desaparecida há 17 dias.» De acordo com a mesma fonte, a Congregação das Irmãs Carmelitas, organizadora da iniciativa, terá entretanto enviado «um e-mail a todas as paróquias do País para se juntarem ao momento de prece.» Percebemos já que a cidadania britânica implica, neste país, formas de discriminação positiva no que respeita à agilidade observada pelos mecanismos de polícia e à atenção prestada pela comunicação social. Fica agora a saber-se que também a Igreja católica portuguesa decidiu abrir uma singular linha directa para tratar o assunto.
Adenda [21/5]: Todos os dias ocorre mais um lamentável episódio nesta infeliz história. Hoje foi a vez de «um minuto de silêncio e reflexão pela menina inglesa». As televisões mostram-no, em toda a silenciosa plenitude, nas filas formadas junto às caixas registadoras dos hipermercados algarvios. Não podemos saber para que servirá tal «reflexão», mas os familiares das muitas centenas de crianças portuguesas desaparecidas deverão tê-la sentido como uma afronta.