Enquanto metia na ranhura o cartão de plástico, corria no monitor da máquina Multibanco uma frase a vermelho-escuro: «Violência no namoro não é amor!» Assim mesmo, a bold e com o ponto de exclamação. Afinal é preciso dizê-lo em voz alta, gritá-lo, pois uma boa parte da violência no casamento começa de facto muito antes dele: acontece com uma em cada quatro pessoas, diz um estudo recente da Universidade do Minho. Ao mesmo tempo, as mulheres-guerrilheiras que jamais aceitarão um insulto, um murro, uma chapada, sem os restituírem e seguirem o seu caminho na direcção contrária, são ainda uma minoria. Mesmo aqui, a ocidente do ocidente. E o futuro é já a seguir.