Melancholia, Claus Gregers (1989)
Lê-se Du Contre-Pouvoir, de M. Benasayag e D. Sztulwark, com um sentimento de revolta: «Vivemos uma época profundamente marcada pela tristeza, que não é apenas a tristeza das lágrimas, mas que é, principalmente, a da impotência». Percebendo como a noção contemporânea da complexidade da vida se une à aceitação defensiva, sob a forma de um tristeza social e individual, de que não possuímos forma outra de a viver que não seja aceitando, submissos, «a ordem e a disciplina da sobrevivência». Respeitando, insulados nos nossos pequenos mundos, cegos e tristes, infinitamente tristes, as formas de tirania que nos cercam, e que justificam essa servil tristeza. Contra ela, criadora, apenas a alegria difícil da resistência.