O Rui Reininho é, admito, um rapaz da minha geração. Ou é um rapaz, ponto – . –, pois sou ligeiramente mais velho e, posso apostar duas minis, enquanto ele aprendia a soletrar já eu multiplicava as dezenas. Talvez por isso me amolece ouvi-lo agora, do lado de cá do milénio, com rugas, cabelos brancos e a voz completamente fanada. A arfar quase tanto quanto eu quando subo três lanços de escadas. Transmutando uma cantiga parvinha e preguiçosa (as Doce, lembram-se?), numa canção pop triste e enorme. E 100% nocturna. É ou não é?
Música: Rui Reininho – Bem Bom [Companhia das Índias]
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