Em tempos discuti quase até à exaustão se a Apple era o Jardim das Delícias e a Microsoft tinha a face horrenda de Behemoth. Ou se as coisas se passavam rigorosamente ao contrário. Hoje, fora dos círculos que avaliam as grandes fortunas do mundo, parecem-me um tanto despropositadas as pequenas e médias batalhas dos adeptos de Mr. Jobs com os seguidores de Mr. Gates. Deixei-me de maniqueísmos: trago sempre comigo um Apple iPod Classic, daqueles de 120 Gigas, a luz dos meus dias que me ilumina as noites, mas aborrece-me a canonização do Apple iPhone que se encontra a decorrer. Já falei do assunto quando da saída da engenhoca. Agora limito-me a recomendar o meu fiel companheiro, que bate aos pontos, em praticamente tudo, o produto da Apple. É da HTC, responde por Touch HD, vem equipado com o sistema operativo Windows Mobile 6.1 e um ecrã de quase 4 polegadas. Mais agenda, telefone, álbum de imagens, processador de texto, folha de cálculo, e-mail, Internet (incluindo o Twitter), dá-me música, tem rádio e gravador de som, tira fotografias e regista vídeos, reproduz filmes, dá para ligar directamente ao YouTube, fala-me do estado do tempo em tempo real, tem GPS mais Google Maps, e por aí fora. Até fala sozinha, a coisa linda, vulcânica debaixo de uma capa de sobriedade. Uma só desvantagem, que eu não sou faccioso: a câmara de 5 Megapixéis não tem flash. Mas a do iPhone também não.