Não depois, mas agora

O assunto é sempre relevante, embora em alguns momentos, como agora, se destaque na ordem do dia. É um enorme equívoco considerar, com o argumento de que apenas lhe amplia a projeção, que é «perigoso» combater ideias, práticas e organizações de natureza fascista – no sentido amplo e trans-histórico conferido à palavra –, e também as de teor racista e xenófobo, com palavras bem claras e sonoras, com legislação atenta e firme, e com iniciativas enérgicas do lado da cidadania. Pior ainda é afirmar que deve aceitar-se a sua existência e circulação, invocando que o sistema democrático a todos deve integrar, ouvir e respeitar. Como se fosse dever deste aceitar e proteger os seus inimigos, aqueles que o querem desvirtuar ou destruir, e que pretendem, em primeiro lugar, combater os valores e direitos mais fundamentais sobre os quais assenta a sua existência. Uma existência, não pode esquecer-se, que tantos esforços requereu e que exigiu combates com milhões de vítimas.
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