Algumas notas mais sobre a guerra
1. Três perguntas (retóricas) algo incómodas ligadas entre si. As honestas e piedosas pessoas que, como forma de resolução do problema ucraniano, propõem a realização de uma conferência de paz – até aqui com o meu acordo, que assino por baixo sem hesitar -, mas para a qual o agressor russo não parta pressionado nos planos político, económico e militar, acreditam mesmo que perante essa possibilidade Putin vá recuar nos seus objetivos imperiais e nas suas ameaças? E que mude de posição de livre e expontânea vontade, após um súbito rebate da consciência? E que todo o rastro de morte e destruição envolvendo os ucranianos, e também muitos russos, se resolverá com uma varridela dos escombros, uma palmada nas costas e um «o que lá vai, lá vai»?
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