Arquivo de Categorias: Novidades

Sobre uma decisão

Partilho uma decisão pessoal com quem me segue nas redes sociais e tem acompanhado em artigos de opinião e campanhas de natureza cívica. 

Apenas tive atividade partidária entre 1971 e 1977, ligado então a uma organização da esquerda revolucionária da qual saí mais por razões de natureza ética do que política. O distanciamento político surgiu depois e veio devagar, se bem que a evolução pessoal jamais colidisse com valores fundamentais de solidariedade e justiça que cedo adotei e jamais deixei de partilhar. 

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    Democracia, Novidades, Olhares, Opinião

    O Segundo Século Vinte (2) | Casas p’ró Povo

    O Segundo Século Vinte é um ciclo de debates e apresentações relacionado com temas da história recente de Portugal. A iniciativa, uma organização do Centro de Documentação 25 de Abril e do Teatro Académico de Gil Vicente, é de periodicidade bimensal e tem mais uma sessão nesta quinta-feira, dia 26 de abril, pelas 18 horas. Será em Coimbra, no TAGV. Nesta sessão, «Casas pró Povo. O Projeto SAAL antes e agora», falar-se-á da experiência e do exemplo deste projeto pioneiro de habitação social criado em Julho de 1974 e desarticulado a partir de Outubro de 1976. Participarão os arquitetos Alexandre Alves Costa e José António Bandeirinha, sendo a moderação de Natércia Coimbra. Pode ver e copiar aqui o cartaz do ciclo.

      Atualidade, Memória, Novidades

      shhhtttt!, Nostalgia Futura

      Durante algum tempo o ritmo de A Terceira Noite irá diminuir um pouco. Aliás, já se nota que está a diminuir. Nada de especial a acontecer, para além de excesso de trabalho e um problema com os dias que não esticam. Mas leram bem: apenas «um pouco». Nada de dramático, sendo provável que por vezes nem se note a quebra. Em alguns momentos, no entanto, ela acontecerá.

      Entretanto, para todos/as mas em especial para os/as leitores/as que me acompanham desde o início desta e de outras aventuras, aqui fica a ligação para uma experiência nova, composta basicamente por recortes, colagens e inspirações resultantes de trabalho alheio que vou guardando e tenho vontade de partilhar.

      São, shhhtttt!, o contos da Nostalgia Futura.

        Apontamentos, Novidades, Opinião

        Contra as praxes vexatórias

        Eis o abaixo-assinado proposto por 15 professores da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e destinado a sugerir medidas para que as «praxes académicas» deixem de se apresentar como «atos de humilhação, de atemorização e de atentado à dignidade». Pretende-se sobretudo divulgar junto dos novos estudantes o seu caráter estritamente voluntário e a impossibilidade legal de se fundarem em práticas vexatórias, o que grande parte dos visados desconhece. Independentemente da opinião pessoal de cada signatário, necessariamente variada, no conjunto, e ao contrário daquilo que alguns meios de comunicação afirmaram, o documento não se destina a «acabar com a praxe», mas antes a impedir os efeitos perigosos ou nefastos que em seu nome têm vindo a ocorrer. Entretanto o texto já recolheu largas dezenas de assinaturas de outros professores da FLUC, estando a circular por mais faculdades. Dentro de dias mais informações serão divulgadas.

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          Atualidade, Coimbra, Democracia, Novidades

          Boaventura de Sousa Santos / Páginas Tantas

          BSS

          Esta segunda-feira, dia 2 de abril, pelas 18H30, decorre a terceira sessão do programa Páginas Tantas, organizado em Coimbra pelo TAGV – Teatro Académico de Gil Vicente e pelo Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra. Nele se irá falando de livros e de literatura, das artes e dos artistas, de ideias e de outras coisas úteis. Em cada sessão estará presente um/a convidado/a que irá conversar com o público sobre o seu trabalho. Neste mês será o sociólogo Boaventura de Sousa Santos (Coimbra, 1940), diretor do Centro de Estudos Sociais e autor de uma vasta obra sobre globalização, sociologia do direito, epistemologia, democracia e direitos humanos. Mais informações no blogue do programa.

            Novidades, Opinião

            Vidas e Vozes | (3) Bourdieu e Žižek

            2o. Ciclo Vidas e Vozes
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            Prossegue nesta terça-feira, dia 27 de março, em Coimbra, o 2º ciclo «Vidas e Vozes – Diálogos Contemporâneos». Pretende-se projetar e debater de forma panorâmica, simultaneamente analítica, polémica e didática, as vidas, as obras e as escolhas de autores/as – pensadores, cientistas, políticos, teólogos, escritores, artistas – com uma intervenção relevante para os processos de compreensão, de representação e de revisão crítica do mundo contemporâneo.

            Nesta sessão José Manuel Mendes falará de Pierre Bourdieu e Nuno Ramos de Almeida ocupar-se-á de Slavoj Žižek. A moderação será de Miguel Cardina. Começará pelas 21H15 e decorrerá na Galeria Santa Clara. Pormenores sobre a sessão podem ser conhecidos aqui. E o programa completo pode ser visto aqui. Mais uma organização do NHUMEP (Núcleo de Humanidades, Migrações e Estudos para a Paz) do CES – Centro de Estudos Sociais.

              Biografias, Novidades

              João Botelho / Páginas Tantas

              Esta segunda-feira, dia 12 de março, pelas 18H30, decorre a terceira sessão do programa Páginas Tantas, organizado em Coimbra pelo TAGV – Teatro Académico de Gil Vicente e pelo Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra. Nele se irá falando de livros e de literatura, das artes e dos artistas, e de outras coisas úteis. Em cada sessão estará presente um/a convidado/a que irá conversar com o público sobre o seu trabalho. Desta vez será o cineasta João Botelho (Lamego, 1949). Após a sessão, pelas 21H30, será exibido no TAGV, em cópia de 35 mm, o filme Tempos Difíceis. No final da projecção haverá um debate com João Botelho e Sérgio Dias Branco. Mais informações no blogue do programa.

                Artes, Cinema, Novidades

                Vidas e Vozes | (2) Curie e Heisenberg

                2o. Ciclo Vidas e Vozes
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                Prossegue nesta terça-feira, dia 28 de fevereiro, em Coimbra, o 2º ciclo «Vidas e Vozes – Diálogos Contemporâneos». Pretende-se projetar e debater de forma panorâmica, simultaneamente analítica, polémica e didática, as vidas, as obras e as escolhas de autores/as – pensadores, cientistas, políticos, teólogos, escritores, artistas – com uma intervenção relevante para os processos de compreensão, de representação e de revisão crítica do mundo contemporâneo.

                Nesta sessão, com a ciência física no centro de debate, Conceição Ruivo falará sobre Marie Curie e Maria Helena Caldeira ocupar-se-á de Werner Heisenberg. A moderação será de Graça Capinha. Começará pelas 21H15 e decorrerá na Galeria Santa Clara. Pormenores sobre a sessão podem ser conhecidos aqui. E o programa completo pode ser visto aqui. Mais uma organização do NHUMEP (Núcleo de Humanidades, Migrações e Estudos para a Paz) do CES – Centro de Estudos Sociais.

                  Biografias, Novidades

                  O Segundo Século Vinte (1) | Pára-arranca

                  coimbra69

                  O Segundo Século Vinte é um ciclo de debates e apresentações relacionado com temas da história recente de Portugal. A iniciativa, uma organização do Centro de Documentação 25 de Abril e do Teatro Académico de Gil Vicente, é de periodicidade bimensal e começa já nesta quinta-feira, dia 23 de fevereiro, pelas 18 horas. Será em Coimbra, no TAGV. Nesta sessão, «Pára-arranca. História e amnésia no movimento estudantil», falar-se-á das experiências, dos esquecimentos e dos recomeços que explicam mas também condicionam a intervenção cívica e reivindicativa dos estudantes. Participarão os investigadores Guya Accornero e Miguel Cardina, sendo a moderação de Rui Bebiano. Pode ver e copiar aqui o cartaz do ciclo.

                    Atualidade, Memória, Novidades

                    Judt 2012

                    Tony Judt

                    Lançado a 2 de Fevereiro o novo (e, este sim, provavelmente derradeiro) livro de Tony Judt. Em Thinking the Twentieth Century encontramo-lo à conversa com outro historiador, Timothy Snyder, sobre judeus e judaísmo, sionismo, marxismo, Londres, Paris, intelectuais, a Europa do Leste, a América, o destino da social-democracia e, naturalmente, o peso incontornável da História.

                    Pode seguir aqui a rápida recensão do Guardian, que começa assim:

                    «In this marvellous book, two explorers set out on a journey from which only one of them will return. Their unknown land is that often fearsome continent we call the 20th century. Their route is through their own minds and memories. Both travellers are professional historians still tormented by their own unanswered questions. They needed to talk to one another, and the time was short.»

                    Para quem tenha pressa ou prefira o formato, já está disponível na Amazon a versão para Kindle.

                      Apontamentos, Novidades

                      Duarte Belo / Páginas Tantas

                      Esta segunda-feira, dia 6 de fevereiro, pelas 18H30, decorre a segunda sessão do programa Páginas Tantas, organizado em Coimbra pelo TAGV – Teatro Académico de Gil Vicente e pelo Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra. Nele se irá falando de livros e de literatura, das artes e dos artistas, e de outras coisas úteis. Em cada sessão estará presente um/a convidado/a que irá conversar com o público sobre o seu trabalho. Desta vez será Duarte Belo (Lisboa, 1968), autor de extensa e importante obra na fotografia portuguesa contemporânea. Esta centra-se principalmente no levantamento fotográfico da paisagem e das formas de ocupação do território, sendo de destacar as obras Portugal — O Sabor da Terra (1997) e Portugal Património (2007-2008). Este trabalho deu origem a um arquivo fotográfico pessoal de mais de novecentas mil fotografias.A partir do dia 6 o TAGV terá em exposição trabalhos do autor. Mais informações no blogue do programa.

                        Fotografia, Novidades, Olhares

                        Mário Dionísio em Coimbra

                        Mário Dionísio

                        Essa quase sempre desgraçada fonte contemporânea do saber condensado que é a versão em português da Wikipédia, identifica Mário Dionísio (1916-1993), muito abreviadamente, como «um escritor e um pintor português do Século XX». Refere ainda em duas tristonhas linhas a sua atividade enquanto professor, crítico, polemista e tradutor. Mas sem descer a pormenores. Sem mencionar a força e a originalidade de um trajeto. E assim, por facilitismo e omissão, reduz a vida, a intervenção e a obra de um português de exceção – atento, sempre, tanto à inovação quanto à dimensão social da literatura, da arte e da política – a um apontamento baço no qual é fácil não reparar ou que num instante se esquece. Nada de mais imerecido em relação a um homem que tantos de nós, ou dos que nos antecederam, olham ou olharam como exemplo do escritor independente, do companheiro de muitas lutas ou do mestre de explicações do mundo. Pois se até o Pacheco, o insuspeito Luiz sempre adverso a louvores, escreveu em 1969 no Notícia de Luanda que «o homem, Mário Dionísio, a obra e sua repercussão (…), dão para muita conversa»!

                        É já neste dia 2 de Fevereiro, quinta-feira, que pelas 17H30 é inaugurada na Biblioteca Municipal de Coimbra a exposição «Mário Dionísio – Vida e Obra», organizada pela Casa da Achada/Centro Mário Dionísio e pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra. Intervirão nesta sessão António Pedro Pita e Eduarda Dionísio. A exposição irá manter-se até ao dia 15 de Março. A iniciativa conta com o apoio da BMC, do CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX e das Ideias Concertadas.

                          Artes, Coimbra, Memória, Novidades

                          Vidas e Vozes | (1) Galtung e Polanyi

                          2o. Ciclo Vidas e Vozes
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                          É já nesta terça-feira, dia 24 de janeiro, que numa organização do NHUMEP (Núcleo de Humanidades, Migrações e Estudos para a Paz) do CES – Centro de Estudos Sociais tem lugar em Coimbra o início do 2º ciclo «Vidas e Vozes – Diálogos Contemporâneos». Com este ciclo pretende-se projetar e debater de forma panorâmica, simultaneamente analítica, polémica e didática, e junto de um público o mais alargado possível, as vidas, as obras e as escolhas de autores/as – pensadores, cientistas, políticos, teólogos, escritores, artistas – com uma intervenção relevante para os processos de compreensão, de representação e de revisão crítica do mundo contemporâneo.

                          Nesta sessão, José Manuel Pureza falará sobre o sociólogo Johan Galtung e João Rodrigues abordará o economista Karl Polanyi. A moderação será de Júlia Garraio. Começará pelas 21H15 e decorrerá na Galeria Santa Clara. Pormenores sobre a sessão podem ser conhecidos aqui. E o programa completo pode ser visto aqui.

                            Biografias, Novidades

                            O prémio (mais um)

                            O prémio

                            Agradeço ao Delito de Opinião o ter-me citado (com direito pois a uma honrosa menção) na escolha do «blogger do ano» de 2011, ganha com toda a justiça pela Ana Cristina Leonardo, da Meditação na Pastelaria (e mais acidentalmente do Vias de Facto). Destes prémios, dependentes apenas do interesse e da opinião completamente subjetiva de rostos identificados, e isentos de chapeladas, eu gosto. Dos outros não. Mesmo quando os «ganho».

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                              notas & recados

                              Correio

                              #21 – Dois novos blogues no ar para os quais chamo a atenção. O primeiro é o Tantas Páginas, que falará «sobre livros & demais coisas úteis» e se encontra associado ao programa Páginas Tantas, a iniciar no dia 9 de Janeiro no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra. Sobre blogue e programa voltarei (em breve) a falar por aqui. O outro link é para um O Ouriço que promete. Nem tudo é mau nas notícias.

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                                Ação! (para o bem e para o mal)

                                Ainda não falei da decisão de passar a servir-me, neste blogue como na vida lá fora, do Acordo Ortográfico da língua portuguesa em vigor. Sem referir argumentos utilizados no debate longo e por vezes exaltado que envolveu a sua aprovação, invocando razões para se ser contra ou a favor às quais fui algumas das vezes igualmente sensível, poderia explicar-me com as imposições que me chegam de fora: documentos oficiais que tenho de redigir e assinar nos quais a partir de 1 de janeiro de 2012 me é exigida a aplicação da nova norma, por exemplo, ou as recomendações de redações e editoras que pedem com insistência os originais num português atualizado. Noutra direção, poderia dizer que era para me revelar um sujeito moderno e desperto para os constantes upgrades do real. Mas isto apenas não chegaria para me levar a mudar a medida da escrita da qual me sirvo há meio século. Acrescento por isso duas outras razões.

                                A primeira prende-se com a consciência muito aguda que tenho da volatilidade das línguas, em particular daquela que é a minha. Passei cerca de quinze anos a ler textos manuscritos e impressos dos séculos XVI, XVII e XVIII, deparando-me com um nível de metamorfose e indecisão tão grande que muitas vezes cheguei a encontrar num só livro publicado a mesma palavra grafada de três diferentes maneiras. A partir dessa altura nunca mais fui o mesmo na aferição de critérios demasiados fixos, ou fixistas, para a definição de regras destinadas a domar um «babelismo» impeditivo da comunicação entre falantes de divergentes geografias, ambientes e gerações. Já o segundo motivo é de ordem puramente prática: como estou numa altura do calendário pessoal na qual é bastante fácil o cérebro experimentar alguma dificuldade em carburar com a mesma agilidade relativa do passado, é sempre bom ginasticá-lo, refrescar-lhe o tónus, combatendo os automatismos antigos e adotando outros novos. Para mim são razões de sobra para passar à ação.

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