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O que eles querem (ou: o poder do amor)

Um exercício fácil e recorrente, praticado por muitos bloggers, consiste em procurar saber quais são as palavras ou frases que por mediação dos motores de busca fazem chegar até aos seus blogues pessoas que neles não entrariam de outra forma. Há já muito tempo que o não fazia, aqui n’A Terceira Noite. Eis pois o top-30 actualizado dos termos mais invocados desde o seu arranque.

amor – purga em angola – sexo – sexo oral – garganta funda – anos 60 – rui bebiano – gina lollobrigida – pornografia com crianças – pornografia – leitura – gianna maria canale – folclore regional – sofia loren – ciclopes – boletim meteorologico – colunex – vicio – rosalind franklin – pernas – che guevara – rabos – lindas – tango – mulheres vadias – kamasutra – puta – óculos para a noite – smoking – sapatos vermelhos

Apenas por esta amostra, temo que os futuros arqueólogos da blogosfera possam ficar com uma impressão um pouco estranha a meu respeito. Espero que após lerem este post procedam à crítica das fontes e reconheçam a minha idoneidade.

    Etc., Oficina

    Ainda sobre os comentários

    Vai-me perdoar o Eduardo Pitta, mas um comentário negativo sobre a minha decisão de encerrar os comentários, vindo da parte de alguém que os não mantém no seu blogue, é coisa que não entendo muito bem. Já agora: quem ler com cuidado o meu anterior post sobre o assunto notará que a última discussão que nele teve lugar – a qual, apesar do equívoco gerado, até foi razoavelmente interessante e civilizada (sim, gosto da palavra) – não foi aquilo que determinou a minha decisão. A opção foi amadurecida, as causas foram explicadas e não quero, pelo menos por agora, ir mais longe. Aproveito para agradecer as mensagens de compreensão, uma dezena, de discordância, duas, ou de perplexidade, uma só, que entretanto tenho recebido. Bem como as referências, quase todas elas amáveis, que diversos blogues fizeram à minha escolha.

    Minutos depois…: Eduardo Pitta juntou uma nota ao seu post que me levou a relê-lo com maior atenção. Tresli apressadamente aquilo que ele tinha escrito, e vejo agora que estamos de acordo no mais importante. Aqui fica a correcção do tiro e obrigado pelo esclarecimento.

      Oficina

      Sobre os comentários (ou a sua ausência)

      A dilatação do universo dos blogues e do seu grau de centralidade na expressão pública de opiniões tem entrado muitas vezes em conflito com o funcionamento das caixas de comentários. Aquilo que num contexto mais restrito era nestas, até há pouco, a excepção, transformou-se entretanto na norma, passando a ouvir-se cada vez mais vozes de quem dispõe de tempo e estrutura mental para, em vez de debater com franqueza e abertura, investir no questionamento ou na parasitagem das escolhas dos outros, na agressividade e até na dissimulação. A expansão do proselitismo no meio apenas tem agravado a situação. Quando alimentado, este ambiente torna-se incómodo para muitas pessoas, desviando leitores e descredibilizando certos blogues. No meu caso tornando por vezes difícil de gerir aquilo que antevia apenas como um prazer e mais uma via para comunicar informalmente com os outros.

      O facto de ter sido quase um dos pioneiros da Internet em Portugal, ligado a espaços de debate muitos anos antes de existirem blogues, não deixou de guiar a minha tentativa de contornar esta situação através de duas suspensões periódicas, e, mais recentemente, do recurso a algumas regras que durante certo tempo foram servindo. Mas como elas já não são suficientes, e eu pretendo continuar a frequentar estas paragens sem consumir grandes energias, em A Terceira Noite os comentários foram encerrados. Não se tratou de uma decisão precipitada ou motivada por alguma conversa recente, mas sim de uma vontade que vinha amadurecendo há largos meses. Conservaram-se os comentários existentes, pelo respeito que merecem aqueles e aquelas que dando a cara e o nome se foram servindo deles. Afinal, quem me segue aqui apenas terá de fazer aquilo que faz habitualmente com um jornal: lê e opina para si e para os seus, ou escreve ao autor, ou cita o que achar pertinente, ou abre um blogue para falar daquilo que lê ou do que lhe possa passar pela mente. O endereço de e-mail d’A Terceira Noite estará sempre aberto. E o meu, mais pessoal, é facílimo de obter. Em frente.

        Oficina

        Da moral e das playmates

        Chega-me a informação de que a Biblioteca Municipal de Faro bloqueou o acesso ao blogue Quase em Português, da autoria do arquitecto alemão-português (ou o contrário?) Lutz Brückelmann. Apesar da intermitência dos últimos tempos, um dos melhores blogues nacionais, diga-se. Parece que tem a ver com a colecção de playmates que o Lutz tem vindo a mostrar. Vamos esperar que não aconteça o mesmo à Terceira Noite.

          Etc., Oficina

          Dia-a-dia high-tech

          A compra de um Vaio TZ ultra-portátil e a adesão ao serviço Kanguru irão, inevitavelmente, provocar algumas mudanças neste blogue. Mais textos diurnos – o que antes era raro – e sobretudo mais posts curtos, instantâneos e voláteis como o café que toma o vizinho da mesa do lado.

            Oficina

            Cumpleaños

            Aquilo que me surpreende quando reparo que este blogue-solo perfaz hoje dois anos de idade não é a rápida passagem dos dias. Dessa já me tinha apercebido lá fora. É a quantidade de dúvidas, incertezas, convicções, iras, tonterias, maldições e cumplicidades que em tão pouco tempo e em frágil horário nocturno aqui pude partilhar.

            Pós-escrito – Agradecido pelos comentários de polegar para cima e pelas citações simpáticas de tantos blogues. Felizmente, nem todo o povo é sereno.

              Etc., Oficina

              Bu siteye erişim…

              O Miguel tenta aceder a este blogue a partir de Istambul. Avisa-me, um tanto perplexo, de que o não consegue, surgindo no monitor uma estranhíssima informação:

              Bu siteye erişim mahkeme kararıyla engellenmiştir.
              T.C. Fatih 2.Asliye Hukuk Mahkemesi 2007/195 Nolu Kararı gereği bu siteye erişim engellenmiştir.
              Access to this site has been suspended in accordance with decision no: 2007/195 of T.C. Fatih 2.Civil Court of First Instance.

              Parece não ser coisa boa.

                Oficina

                Pilhagens e contrafacções

                Deparamos todos os dias na imprensa escrita com crónicas e notícias que recorrem a informações ou ideias aparecidas em primeiro lugar no universo dos blogues. Ou então são mesmo os títulos de determinados posts que são copiados no acto de denominar certas peças. Este blogue – como muitos outros – foi já premiado por diversas vezes com essa atenção. Sei bem que nem sempre uma boa ideia ou um excelente título ocorrem quando desejamos e, felizmente, a blogosfera permanece um mapa do tesouro (e também do veneno) sujeito a todo o tipo de explorações que possam substituir uma momentânea desinspiração. Aquilo que aborrece não é esse comércio mais ou menos desregrado, que até me parece saudável e ao qual já recorri, mas antes a insistência, por parte de alguns, em praticá-lo de um modo sistemático e sem se darem ao trabalho de identificarem fontes e autorias, colocando as citações que vão fazendo entre as devidas aspas. Talvez valha a pena os autores dos blogues – que nem sequer se fazem pagar pelo seu trabalho, como acontece com os nossos copistas «com orelhas equipadas com radar» – abrandarem um pouco a sua pública generosidade e começarem a apontar o dedo nas situações mais flagrantes.

                  Apontamentos, Cibercultura, Oficina

                  Castidade, temperança e abstinência

                  Por mais que me desgoste a situação, e a tente contrariar adiantando outros assuntos, os posts deste blogue que mais recorrentemente são consultados possuem como títulos «Maria e o sexo oral», «Pornografia para crianças» e «Garganta Funda». Eles não são nada daquilo que aparentam ser – bastará aos leitores fazerem uma rápida procura no motor interno para o poderem confirmar – mas tal não demove esse exército de cidadãos lusófonos que sistematicamente se dedicam a pesquisar semelhantes assuntos na sex-machine planetária que se dá pelo nome de Google. A minha esperança é que o título deste post possa ajudar a criar um ponto de equilíbrio e me reabra as portas da Salvação. Oxalá e amen.

                    Apontamentos, Oficina

                    No ano dois

                    Outra noite

                    Um ano. Um ano inteiro a escutar os rumores mais surdos. Cruzando a cidade que apenas dorme. Os médios ligados revelando sombras. Sobrevivendo assim, quase incólume. Quase azul.

                    Pós-escrito – A todos quantos deixaram comentários de felicitações, citaram o pequeno evento nos seus blogues ou enviaram mensagens pessoais de ânimo e carinho, um sentido obrigado. Tentarei não os (as) deixar ficar mal.

                      Oficina